terça-feira, 8 de maio de 2012

TRANSICIONALIDADE: OBJETOS E FENÔMENOS TRANSICIONAIS


  •     Winnicott se ocupou de momentos formativos do individuo, dizendo que a teoria desenvolvida por Freud e Klein tinha como premissa uma maternagem suficientemente boa, ou seja, pressupunha uma criança que já havia passado por fases criticas da constituição do ser. Entretanto, muita coisa importante deve se passar até que o sujeito forme uma membrana divisória entre o Eu e o Não-Eu, ou até que o estágio do Eu-sou seja alcançado.
  •  Esquematicamente, depois de uma fase em que teve a ilusão de ser onipotente, a riança descobre, pouco a pouco, que ela e sua mãe são separadas, que ela depende da mãe para a satiafação de suas necessidades e que a fantasia não corresponde à realidade. Após uma fase de ilusão, ela unfrenta a desilusão. É para se sustentar nessa experiencia dificil deradora de angustia e, em particular, de angustia depressiva, que a criança pequena desenvovle essas atividades (objetos e fenômenos transicionais).
  • A criança está iniciando a transicionalidade, ingressando no espaço transicional ou potencial, assim chamado por fazer parte do processo maturacional ligado à transição da dependencia absoluta para a dependencia relativa. O adjetivo transicional indica o lugar e a função que esses fenomenos, esses objetos, ocupam na vida psiquica da criança. Eles vem alojar-se num espaço intermediário entre a realidade interna e a externa.
  • É importante entender que o espaço transicional situa-se entre a realidade interna e a externa. Persiste ao longo de toda vida, será ocupado por atividades lúdicas e criativas que terão por função aliviar as tensões continuamente apresentadas.
  • O objeto transicional se localiza na zona intermediaria, na separação entre a mãe e o bebê e vai permitir que o proprio processo ou separação seja tolerado. Este objeto é ao mesmo tempo parte da mãe e parte do bebê e também é a primeira posse não-eu, achada e criada simultaneamente. É ao mesmo tempo eu-outro, dentro-fora, realidade-fantasia. 
  •   Com o evoluir do processo  de maturação o obejto transicional será desinvestido quando deixar de ser necessário à criançã, não será esquecido, nem pranteado, apenas desinvestido, eles vão sendo gradativamente internalizados em estruturas autoconfortadoras, auto-afirmadoras, auto-seguradoras e auto-evocativas. Mostrando que a criança está se adiantando na simbologia cultural, onde se localizam as criações humanas.
  • Assim, o evoluir do objeto transicional passará pelo brincar, pelo brincar compartilhado e, por fim, pelas experiencias culturais.